Histórico - Projeto Gavião-pega-macaco na Ilha de SC
O Projeto surgiu no ano de 2004, com o trabalho de conclusão de curso na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. A sugestão foi do Biólogo Jorge L. B. Albuquerque que topou me orientar e sugeriu que eu trabalhasse com o gavião-pega-macaco Spizaetus tyrannus. O trabalho na Ilha de SC veio complementar e comparar o estudo com aves de rapina que ocorria as margens do Rio Canoas, no município de Urubici - SC com o Projeto Gaviões-de-Penacho.
Na Ilha para poder fazer as observações do gavião-pega-macaco era preciso conhecer e conversar com a comunidade local, muitas vezes meu carro ficava estacionado perto de trilhas, casas e morros durante horas, e muitas pessoas olhavam e ficavam desconfiadas, afinal eu era um estranho para eles. Então, era preciso de um nome para assegurar as pessoas moradores próximos da causa de eu estar ali parado observando ou percorrendo a mata, foi aí que surge estapando no carro o Projeto Gavião-pega-macaco na Ilha de SC, com os 23 pontos de observação e a silhueta característica da espécie. Era uma forma de assegurar a comunidade que meu objetivo nas redondezas era para com o meio ambiente. Foram observados vintes três pontos da Ilha de SC as margens dos maciços norte, central e sul, em lugares com maior cobertura florestal, nos bairros: Vargem Grande, Rio Vermelho, Ratones, Costa da Lagoa, UCAD, Saco Grande e Morro da Lagoa; Rio Tavares, Costeira do Pirajubaé, Lagoa do Peri, Costa de Dentro, Alto Ribeirão, Freguesia do Ribeirão, Sertão do Peri, Costeira do Ribeirão, Tapera do Ribeirão e Caieira da Barra do Sul.
A pesquisa teve um grande exito e conseguiu dados desconhecidos do gavião-pega-macaco, foram mapeados as áreas de atividade da espécie estritamente florestal na Ilha e hoje o Projeto percorre apenas 10 pontos de observação essenciais para manuntenção da espécie na Ilha. Áreas que necessitam ser conservadas para que continuemos registrando o gavião como pertecente a fauna local, e o único predador que ainda persiste depois de tanta destruição, um gavião tipicamente manezinho.